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Irã ataca Israel com mísseis; sirenes de alerta soam em todo o país
 

Guarda Revolucionária iraniana afirma ter disparado dezenas de mísseis contra o território israelense e promete uma resposta ainda mais severa em caso de retaliação; Israel pede que civis procurem proteção

Irã lança mísseis sobre Israel

Irã disparou cerca de 200 projéteis contra Israel na noite desta terça-feira (tarde em Brasília), horas após as primeiras informações sobre preparativos de um ataque de Teerã surgirem entre fontes ocidentais. Sirenes de alerta foram disparadas em Tel Aviv, Jerusalém e várias regiões do país, com os sistemas de defesa antiaéreos sendo acionados. Há ao menos um relato de um impacto direto de projétil em um prédio no norte de Tel Aviv, segundo o noticiado na imprensa israelense. A Guarda Revolucionária iraniana confirmou a autoria do ataque e anunciou que novos disparos serão realizados caso Israel decida retaliar a ofensiva. O Conselho de Segurança da ONU marcou uma reunião para quarta-feira para discutir o ataque iraniano. 

"Há pouco, mísseis foram lançados do Irã em direção ao Estado de Israel", informaram as Forças Armadas israelenses em um comunicado divulgado às 19h30 (13h30 em Brasília), recomendando que os cidadãos buscassem proteção. "Ao ouvir uma sirene, você deve entrar em um espaço protegido e permanecer lá até novo aviso. As FDI [Forças Armadas de Israel] estão fazendo e farão tudo o que for necessário para proteger os civis do Estado de Israel". Cerca de uma hora depois, uma novo aviso foi emitido, autorizando os cidadãos a deixarem os abrigos.

Os projéteis foram disparados contra diferentes partes do Estado judeu, que fechou o espaço aéreo temporariamente diante da ofensiva — Jordânia e Iraque, que ficam no caminho entre Israel e Irã, fizeram o mesmo. O jornal israelense Haaretz informou que ao menos um prédio no norte de Tel Aviv foi atingido por um disparo direto, enquanto o Exército israelense comunicou que alguns dos artefatos disparados pelo Irã não foram alcançados pelo sistema de defesa, com impactos confirmados no centro e no sul do país. A imprensa palestina noticiou a morte de um homem na vila de Nu’eima, perto de Jericó, na Cisjordânia.

Apesar da dimensão do ataque, os serviços de emergência não confirmaram nenhuma morte em decorrência do ataque iraniano. Duas pessoas ficaram levemente feridas por estilhaços, em Tel Aviv, e outros chamados de menor gravidade foram atendidos, incluindo pessoas que se feriram enquanto seguiam para os abrigos. Explosões também foram ouvidas em Jerusalém. No aviso oficial sobre o ataque, o principal porta-voz das Forças Armadas israelenses, o contra-almirante Daniel Hagari, afirmou que todos os sistemas de defesa do país estavam de prontidão para interceptar, mas advertiu que eles não garantiam que 100% dos projéteis seriam abatidos.

— O sistema de defesa aérea está totalmente operacional, detectando e interceptando ameaças onde for necessário, até mesmo neste momento. No entanto, a defesa não é hermética e, por isso, é essencial seguir as instruções do Comando da Frente Interna. Vocês podem ouvir explosões, que podem ser resultado de interceptações ou impactos. Devido à variedade de ameaças, alarmes podem ser acionados em áreas amplas — afirmou Hagari.

A Guarda Revolucionária do Irã reivindicou o ataque direto contra Israel — apenas o segundo em sua História —, afirmando ter disparado dezenas de mísseis em retaliação aos assassinatos do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um comandante iraniano. O corpo de elite das unidades militares iranianas também indicou que a resposta de Teerã em caso de retaliação iraniana seria "mais esmagadora e ruidosa". Uma fonte iraniana ouvida pela agência Reuters afirmou que Teerã compartilhou o plano de ataque contra Israel com a Rússia antecipadamente.

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